quinta-feira, 26 de julho de 2012

Gasolina no Brasil tem defasagem de 15,6% em comparação com mercado dos Estados Unidos

Os preços da gasolina no mercado brasileiro estão com defasagem de 15,6% frente aos valores praticados nos Estados Unidos, segundo cálculos feitos nesta quinta-feira pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). O diesel está 19,7% mais barato no mercado brasileiro em relação ao dos Estados Unidos, mesmo após dois reajustes realizados pela Petrobras nas refinarias neste ano, de 3,9% e 6%, nos dias 25 de junho e 16 de julho, respectivamente. A gasolina teve os seus preços reajustados apenas uma vez, em 7,83% nas refinarias, em 25 de junho. O CBIE calcula semanalmente as diferenças entre os preços praticados no mercado doméstico e no internacional, levando em consideração os valores dos combustíveis nas refinarias do Golfo do México, utilizados como referência, e o câmbio. Os preços dos combustíveis no mercado americano, por sua vez, flutuam de acordo com as cotações do petróleo. Um novo reajuste dos combustíveis não foi descartado pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, mesmo após os dois aumentos praticados pela Petrobras em menos de um mês. A estatal informou no fim de junho que buscaria paridade de preços dos combustíveis entre o mercado doméstico e o internacional nos próximos anos para reforçar seu caixa e impulsionar seus investimentos. Segundo Lobão, a Petrobras "continua insistindo na necessidade de reajuste" dos preços da gasolina. Mas, segundo o ministro, não há previsão sobre quando um novo aumento seria aplicado. O ministro disse recentemente que os últimos aumentos no combustível, calibrados de modo que pudessem ser compensados pela Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), acabaram ficando aquém do que a Petrobras precisava. Um novo aumento da gasolina será, então, repassado ao consumidor, como aconteceu com o óleo diesel, com repasse estimado pela Petrobras de cerca de 4%, após um segundo aumento.

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