domingo, 1 de julho de 2012

Grupo de Cachoeira fez saques de R$ 16 milhões em ano eleitoral

O volume de saques realizados no ano eleitoral de 2010 a partir de empresas fantasmas criadas pelo esquema do empresário Carlos Cachoeira é quase o dobro do que a Polícia Federal havia identificado na Operação Monte Carlo. Dados de quebras de sigilo bancário de empresas ligadas a Cachoeira enviados à CPI mostram que o dinheiro sacado naquele ano passa de R$ 16 milhões. A Polícia Federal identificara R$ 8,5 milhões. O destino do dinheiro é sabido, mas integrantes da CPI do Cachoeira suspeitam que esses milhões tenham irrigado campanhas eleitorais. O dinheiro tem como origem a empreiteira Delta, principal fonte de recursos das empresas fantasmas usadas pelo esquema Cachoeira e maior recebedora do governo federal desde 2007. Após o escândalo, ela foi declarada inidônea e impedida de contratar com a União. As informações em poder da CPI mostram detalhes da movimentação bancária de uma firma do grupo de Cachoeira chamada JR Prestadora de Serviços. A Polícia Federal descobriu que Geovani Pereira, contador de Cachoeira e foragido desde fevereiro, era a pessoa que movimentava a conta da JR. Mas a Polícia Federal não obteve os dados bancários conseguidos agora pela CPI.

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