terça-feira, 3 de julho de 2012

Índios queimam quartel da Polícia Militar no oeste do Pará

O quartel da Polícia Militar em Jacareacanga, município do oeste do Pará, foi invadido, saqueado e queimado na noite da última segunda-feira, por 50 índios Munduruku. O incêndio seria uma represália ao assassinato, ocorrido há 15 dias, do índio Lelo Akay. Duas metralhadoras e um revólver calibre 38 foram levados. Os militares que estavam no local não resistiram e fugiram. Akay foi morto a facadas e pauladas durante um assalto em que criminosos levaram algumas pepitas de ouro que o índio carregava. Quatro pessoas são suspeitas de envolvimento no crime. A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte do índio e a destruição do quartel. O delegado Sílvio Maués, diretor de polícia do interior, informou que reforços já foram enviados para restabelecer a ordem em Jacareacanga. Cerca de 500 índios estariam na cidade à procura dos assassinos de Akay, prometendo incendiar bares suspeitos de vender drogas. Os índios chegaram pintados para a guerra, fechando a estrada de acesso à área urbana com manilhas de cimento armado. O índio Aldo Cardoso Munduruku, líder do grupo, tinha a intenção de pegar como refém o sargento Cajado. Os Munduruku, temidos pelo espírito guerreiro, têm forte presença na vida social e econômica de Jacareacanga, com 37 mil habitantes. Dos nove vereadores da cidade, quatro são índios. O vice-prefeito também pertence ao grupo. Cerca de seis mil índios vivem na região.

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