domingo, 8 de julho de 2012

Milhares de israelenses exigem alistamento obrigatório de ortodoxos

Milhares de israelenses foram às ruas no sábado para exigir ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu o fim da política que há décadas isenta o alistamento militar dos judeus ultraortodoxos. Em uma concentração em frente ao Museu de Tel Aviv, reservistas e jovens pediram ao governo que não renove as históricas isenções que beneficiam seus congêneres ultraortodoxos, que ficam livres de prestar serviço militar ao declarar que estudam o dia todo em um seminário religioso. "Alistamento geral - Estamos fartos de ser os otários de turno", foi o lema de uma convocação que teve a presença de dezenas de deputados, ex-altos comandantes do Exército e dos serviços de segurança, assim como veteranos de guerra e inválidos. Os manifestantes, que levavam cartazes com palavras de ordem como "Todos servindo", reivindicaram a Netanyahu "despertar", "governar" e buscar a "justiça social" para tornar a "carga nacional" (a do serviço militar) mais equitativa. Em Israel, onde a segurança é um dos assuntos mais cruciais da agenda pública nacional, os homens prestam serviço militar de 36 meses e as mulheres de 24, obrigação da qual só estão eximidos os jovens ultraortodoxos (por motivos religiosos) e os da minoria árabe (por motivos étnicos). Há alguns meses, devido a vários recursos por parte de grupos de reservistas, a Corte Suprema ordenou ao governo que não renove a lei de isenções no próximo dia 1º de agosto, quando expira a medida regulamentada dez anos atrás.

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