terça-feira, 3 de julho de 2012

Morre Pininfarina, o gênio dos gênios no desenho de carros clássicos

Sergio Pininfarina, cuja empresa da família projetou quase todas as Ferrari desde 1950 e cujo nome ainda é sinônimo de alguns dos carros mais glamourosos do mundo, morreu aos 85 anos. A companhia Pininfarina informou nesta terça-feira que ele morreu durante a noite em sua casa, em Turim. Pininfarina foi preparado por seu pai Gian Battista, um ex-fabricante de carruagens em Turim que fundou a influente casa de design de automóveis na década de 1930, para sucedê-lo no negócio desde que ele era criança. Nascido em 1926, ele ingressou na empresa da família depois de se formar em engenharia mecânica pela Universidade Politécnica de Turim. Tornou-se presidente-executivo em 1961 e, em seguida, presidente do conselho, quando seu pai morreu, em 1966. Na época, a empresa já havia ascendido à proeminência através de um talento especial para tornar as últimas tendências de design aerodinâmico atraentes para um público mais amplo. O prestígio da família na Itália era tanto que ela foi autorizada a mudar seu nome para Pininfarina do original Farina com um decreto presidencial em 1961. Pinin, que significa "o pequeno" no Piemonte, era o apelido de Gian Battista. O inovador modelo coupe Cisalfa, de 1947, projetado por Gian Battista "Pinin" Farina após a 2ª Guerra Mundial, agora está exposto no Museu de Arte Moderna de Nova York. Era um dos modelos preferidos de Sergio. Gian Battista também iniciou a conexão Ferrari em 1952, mas Sergio acabou por gerir a maioria dos projetos comuns e transformou um negócio que era artesanal em um nome de reconhecimento mundial. Sob o comando de Pininfarina durante meio século, a produção da empresa automobilística cresceu de 524 unidades por ano para mais de 50.000. Além da parceria histórica com a Ferrari, Alfa Romeo e Maserati (todas de propriedade da Fiat), Pininfarina também projetou automóveis para a Rolls-Royce e outros marcas não italianas. O Chevrolet Corvette Rondine de 1963, o Cadillac Allante de 1986, o Bentley Azure de 1995 e o Peugeot 406 Coupe de 1996 (projetado por Sergio) usavam o emblema Pininfarina. Sergio também projetou o Fiat 124 Spider de 1986, o Ferrari Testarossa de 1984, o Ferrari Enzo de 2002, o Maserati Quattroporte de 2003 e o Ferrari Scaglietti de 2004. A Pininfarina foi listada na bolsa Italiana em 1986. Sergio Pininfarina deixou o cargo para tornar-se presidente honorário em 2006, pouco antes da crise financeira, que atingiu fortemente a indústria automotiva. A Pininfarina foi forçada a levantar capital em 2009, renegociar a sua dívida e reduzir o seu negócio. Ela teve que fechar suas operações de fabricação e reinventar-se como um pequeno nicho de design, com participação de 77% da família na empresa sendo usada como garantia para empréstimos com os credores, que precisam ser pagos até 2018.

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