quinta-feira, 5 de julho de 2012

Nem ameaça de "suicídio" convence juízes a soltar Cachoeira

Há 128 dias preso, Carlinhos Cachoeira sofreu mais uma derrota nos tribunais na tarde desta quarta-feira. A 2ª Turma Criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal decidiu, por unanimidade, manter a prisão do contraventor pela Operação Saint-Michel. Há quinze dias, a mesma corte também optou pela manutenção da prisão. Cachoeira tinha conseguido a liberação pela Operação Monte Carlo, que foi suspensa no mesmo dia 21 de junho. Para o habeas corpus julgado hoje, a defesa alegou que o contraventor está deprimido e corre risco de cometer suicídio. Para tentar convencer os magistrados, foi apresentado um relatório médico afirmando que o bicheiro apresenta "humor deprimido, ansisoso, irritabilidade, anedonia (falta de interesse por praticar atividades), abulia (incapacidade de tomar decisões), rebaixamento do apetite, insônia inicial e terminal, dificuldade de concentração, acentuada ideação persecutória, presença de hostilidade, mágoas e insatisfação nas relações interpessoais mais próximas, além de perceptível alteração comportamental no que se refere às relações dentro da instituição". Para o relator do habeas corpus, desembargados Souza e Ávila, se Cachoeira está deprimido pode fazer tratamento psicológico na Papuda. Para o Ministério Público, o estado é comum a quase todos os presos, tanto da Papuda quanto de outras penitenciárias. Cachoeira está preso por dois pedidos. O primeiro diz respeito a Operação Monte Carlo, deflagrada no dia 29 de fevereiro. O outro pedido é da Justiça do Distrito Federa e está relacionado à Operação Saint-Michel.

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