sexta-feira, 6 de julho de 2012

Preço baixo do alumínio deve afetar lucro da Alcoa

Os fabricantes de aeronaves e automóveis podem estar consumindo mais alumínio, mas enquanto o preço do metal continuar perto da mínima em dois anos, os resultados da Alcoa vão sofrer, afirmaram analistas nesta sexta-feira. A estimativa média de lucro no segundo trimestre da empresa foi cortada na semana passada de 0,15 dólar por ação para apenas 0,05, segundo pesquisa da Thomson Reuters I/B/E/S. No mesmo período do ano passado a empresa obteve ganho de 0,32 dólar por ação. Com excesso de estoque e uma queda de 20% nos preços desde março, muitos produtores de alumínio estão perdendo dinheiro. O preço de referencia de três meses para o alumínio na London Metal Exchange era de 1.903 dólares a tonelada nesta sexta-feira, pouco acima da mínima de 1.880 dólares de junho de 2010. Depois de um lucro que surpreendeu o mercado no primeiro trimestre, o presidente-executivo da Alcoa, Klaus Kleinfeld, pintou um quadro positivo de melhora da demanda dos setores aeroespacial e automotivo, que estão usando mais alumínio para reduzirem peso e melhorarem a eficiência no consumo de combustível de seus produtos. "O setor aeroespacial ajuda, mas representa apenas 14% dos lucros", disse Charles Bradford, analista da Bradford Research, em Nova York. O mercado automotivo representa uma parcela ainda menor dos negócios da Alcoa. O cerne dos negócios da Alcoa envolve a produção e refino-mineração de bauxita, refino do insumo para obtenção de alumina, que então é transformada em alumínio. Mas com os custos com matéria-prima e energia em alta e os preços do alumínio deprimidos por causa do excesso de oferta, Bradford vê pouco alívio para a empresa.

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