terça-feira, 17 de julho de 2012

Seca se agrava nos Estados Unidos e meteorologia prevê mais calor no Meio-Oeste

Um forte calor cobriu grande parte do Meio-Oeste dos Estados Unidos nesta terça-feira, agravando a pior seca em mais de meio século na região, e devastando as lavouras de milho, soja e outros cultivos. De Chicago e Nebraska, as temperaturas rondaram os 40 graus, e o Serviço Meteorológico Nacional emitiu alertas para o calor em todo o Meio-Oeste e na costa atlântica. Em muitos lugares, o calor excepcional deve durar até a próxima semana. A Administração Nacional Oceânica e Atmosférica disse em seu site que esta é a pior seca desde 1956. O problema atinge cerca de 55% da área contígua do país, numa época em que a umidade seria especialmente necessária, por ser o período de polinização dos milharais. Os Estados Unidos são o maior exportador mundial de milho, cereal usado em aplicações tão díspares quanto a ração animal e o etanol automotivo. "Estamos passando de uma crise para uma história de terror", disse o agrônomo Tony Vyn, da Universidade Purdue: "Vejo um crescente número de campos que irão produzir zero grão". O meteorologista Jason Nicholls, da empresa AccuWeather, disse que não há possibilidade de chuvas no Meio-Oeste antes de meados da próxima semana, e que a seca e o calor devem se prolongar até agosto. O milho já está com sua maior cotação em 13 meses, depois de uma alta de 45% neste verão. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos disse em sua última avaliação semanal, na segunda-feira, que apenas 31% da safra de milho no país está em situação boa ou excelente; no boletim anterior, 40% da safra estava satisfatória. Problemas climáticos estão sendo relatados também no Leste Europeu e na Ásia.

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