quarta-feira, 4 de julho de 2012

Transpetro recebe terceiro navio do Promef

A Transpetro recebe na próxima segunda-feira o terceiro navio do Promef (Programa de Modernização da Frota), Sérgio Buarque de Holanda, para transporte de produtos derivados claros (gasolina, diesel, nafta, querosene de aviação) da Petrobras entre os Estados brasileiros. O Promef foi lançado em 2004 e prevê investir R$ 10,8 bilhões na construção de 49 navios. O programa enfrentou problemas de atraso na entrega das primeiras unidades feitas nos estaleiros Atlântico Sul (PE) e Mauá (RJ). "A produção é seriada, então quando você atrasa o primeiro joga para frente os outros, mas agora o Promef engatou", afirmou o presidente da Transpetro, braço de transportes da Petrobras, Sérgio Machado. Com os atrasos, a empresa não teve problemas para se adequar ao novo Plano de Negócios da estatal para o período 2012-2016, que ao colocar prazos mais realistas adiou projetos de outras áreas. Com a entrada de Graça Foster na presidência da Petrobras, em fevereiro, a pressão sobre os estaleiros aumentou e o executivo multou o EAS (Estaleiro Atlântico Sul) pelo atraso da entrega do navio João Cândido, que teve problemas na construção. Machado suspendeu também os contratos dos demais navios encomendados ao EAS, ao todo 16. Agora, ele prevê que os prazos serão respeitados. Machado espera receber mais um navio esse ano, o Rômulo Almeida, do estaleiro Mauá. O mesmo estaleiro já entregou o navio de produtos claros Celso Furtado, em novembro de 2011, e ainda tem na fila o José Alencar, previsto para o ano que vem. O Mauá constrói também quatro navios Panamax para a Transpetro, para transporte de petróleo bruto. O EAS venceu concorrência para construir 22 navios, mas os primeiros seis foram produzidos com a Samsung, parceira tecnológia e sócia que abandonou o negócio no início deste ano. Para manter os contratos no estaleiro, Machado exigiu que o EAS, controlado pelas construtoras Queiroz Galvão e Camargo Corrêa, arranjasse um novo parceiro tecnológico, anunciado pelas empresas no mês passado, o grupo japonês Ishikawajima-Harima Heavy Industries (IHI).

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