terça-feira, 10 de julho de 2012

Viúva de Arafat abrirá processo para investigar morte do marido

A viúva de Yasser Arafat vai entrar com um processo judicial na França pela inexplicável morte do líder palestino oito anos atrás, depois de uma reportagem sugerir que ele pode ter sido envenenado, disse seu advogado nesta terça-feira. Desde a morte de Arafat, em novembro de 2004, médicos franceses que trataram dele em seus últimos dias disseram não conseguiram estabelecer a causa do óbito. A controvérsia foi reacendida por uma reportagem da Al Jazeera na semana passada em que o Instituto de Rafiofísica Suíço afirmou ter encontrado níveis "surpreendentemente" elevados de polônio-210 nas roupas de Arafat - a mesma substância usada para matar o ex-espião russo Alexander Litvinenko em Londres, em 2006. O instituto suíço disse, no entanto, que os sintomas descritos em relatórios médicos do presidente palestino não eram consistentes com o agente radioativo. "Madame Arafat espera que as autoridades sejam capazes de estabelecer as circunstâncias exatas da morte do marido e descobrir a verdade, para que a justiça possa ser feita", declarou o advogado Pierre-Olivier Sud em um comunicado. A natureza exata da reclamação legal da viúva de Arafat, Suha, de 48 anos, ainda não foi determinada, mas espera-se que seja apresentada antes do final deste mês, disse o advogado. O processo seria aberto contra uma pessoa ou pessoas desconhecidas, explicou o advogado no comunicado. A Autoridade Palestina concordou na semana passada com um pedido de Suha Arafat - que vive em Malta e na França - para exumar o corpo do marido de um mausoléu de pedra calcária na cidade de Ramallah, na Cisjordânia, para uma autópsia.

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