domingo, 26 de agosto de 2012

Após mais de 30 horas, incêndio continua ativo na principal refinaria da Venezuela

O incêndio provocado por uma explosão na principal refinaria da Venezuela continuava ativo no domingo pela manhã, mais de 30 horas depois da tragédia que causou 39 mortes. As chamas, de cerca de 100 metros de extensão e mais de 50 metros de altura, podiam ser vistas a vários quilômetros de distância da refinaria de Amuay, gerenciada pela estatal PDVSA e situada no estado de Falcón. O ditador Hugo Chávez decretou três dias de luto nacional em função da tragédia. A explosão na madrugada de sábado deixou 39 mortos, a maioria deles militares que cuidavam da segurança do complexo, e dezenas de feridos. A detonação ocorreu aproximadamente às 1h11min local (3h41min de Brasília). A onda expansiva da explosão, provocada por um vazamento de gás, afetou principalmente o complexo habitado por um comando da Guarda Nacional Bolivariana, encarregada da segurança da refinaria, assim como várias instalações vizinhas. Foi uma explosão na área de armazenamento, produto de um vazamento de gás que, pelas condições climáticas que reinavam, ficou acumulado na área e, diante de uma fonte de ignição, explodiu. O acidente gerou um incêndio em várias áreas da refinaria, mas o fogo foi controlado. A refinaria se encontra em uma zona residencial e com comércios, onde moram trabalhadores do complexo com seus familiares, assim como famílias pobres que se instalaram nas áreas periféricas. A refinaria de Amuay, que faz parte do Centro de Refinamento Paraguaná, é a maior deste país petroleiro e processa 645 mil barris de petróleo por dia. Segundo o site da PDVSA, o Centro de Refinamento de Paraguaná cobre mais de 60% da demanda de combustível da Venezuela. A Venezuela, primeiro produtor de petróleo na América do Sul e quinto exportador mundial, produz em média três milhões de barris diários (mbd), segundo dados oficiais, apesar de a Opep afirmar que a oferta de petróleo do país é de 2,3 mbd. A Opep certificou em 2011 que a Venezuela tem as maiores reservas mundiais de petróleo, com 296,5 bilhões de barris, acima das da Arábia Saudita, o país com maior capacidade de refino. Em março passado, as autoridades venezuelanas informaram que esta cifra aumentou para 297,57 bilhões de barris

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