terça-feira, 21 de agosto de 2012

Autorização de trabalho a estrangeiros cresce 24% no primeiro semestre

O volume de autorizações de trabalho de estrangeiros no Brasil subiu 24% no primeiro semestre deste ano, na comparação com o mesmo período de 2011, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego. De acordo com o levantamento, 32.913 profissionais obtiveram permissão para atuar no País, das quais 29.065 são temporárias e 3.848 permanentes. De janeiro a junho de 2011, o total foi de 26.545 concessões, conforme a Coordenação Geral de Imigração do ministério. O coordenador-geral de Imigração, Paulo Sérgio de Almeida, explicou em comunicado que, das autorizações permanentes, 2.608 foram dadas em caráter humanitário, sendo 2.154 a haitianos. O trabalho a bordo de embarcação ou plataforma estrangeira continua absorvendo a maioria dos estrangeiros temporários, conforme o Ministério. Foram 8.257 na primeira metade do ano. Outras 6.713 autorizações estão ligadas à assistência técnica por prazo até 90 dias (sem vínculo empregatício); 5.696 à artista ou desportista; 3.471 referem-se à assistência técnica, cooperação técnica e transferência de tecnologia (sem vinculo empregatício); 2.597 especialistas com vínculo empregatício; e 1.724 marítimos estrangeiros empregados a bordo de embarcações de turismo estrangeiras que operem em águas brasileiras. O MTE identificou que os trabalhadores dos Estados Unidos respondem pelo maior volume de autorizações concedidas de janeiro a junho, um total de 4.539 autorizações. Em seguida, o Brasil concedeu mais vistos para trabalhadores das Filipinas (2.299) e do Reino Unido (2.036). Os Estados que mais receberam trabalhadores estrangeiros no primeiro semestre de 2012 foram Rio de Janeiro (11.896) e São Paulo (10.943). Conforme o coordenador, a predominância fluminense está ligada com a indústria do petróleo instalada no Estado. Os 490 investidores pessoa física que conseguiram autorização para trabalhar no País trouxeram, conforme o ministério, R$ 107,8 milhões. Esses profissionais são considerados pequenos empresários e precisam obedecer à exigência do governo de trazer recursos próprios para abertura de negócio e estabelecimento no País. De acordo com o levantamento, os italianos foram os que mais direcionaram recursos (R$ 25,5 milhões), seguidos por portugueses (R$ 25,3 milhões) e chineses (R$ 11,4 milhões). Essas aplicações tiveram como principais destinos São Paulo (R$ 29,1 milhões), Rio Grande do Norte e Bahia, os dois Estados com R$ 19,5 milhões cada.

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