quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cachoeira permanece calado em depoimento ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal

O contraventor Carlinhos Cachoeira permaneceu calado durante seu depoimento no processo que investiga uma tentativa de fraude em licitação do governo do Distrito Federal. Cachoeira chegou algemado ao tribunal, por volta das 14h30. Sob a alegação de que está questionando a “inépcia da acusação em instância superior” e que “não quer falar antes do resultado desse julgamento”, o contraventor afirmou que pretendia usar o direito de ficar calado e deixou a sala de audiência escoltado por policiais. Próximo a ser ouvido, o ex-diretor da construtora Delta, Cláudio Abreu, apontado como um dos parceiros do contraventor, também permaneceu calado durante seu depoimento e deixou o tribunal após assinar um termo. Carlinhos Cachoeira foi preso em 29 de fevereiro, durante a Operação Monte Carlo, que desmontou a máfia que explorava os caça-níqueis em Goiás. O processo que envolve a bilhetagem eletrônica do Distrito Federal é resultado de outra operação, a Saint Michel, deflagrada em abril pela Polícia Civil de Brasília. A audiência desta quarta-feira foi a continuação da realizada em primeiro de agosto, quando quatro testemunhas e um dos oito réus foram ouvidos: Gleyb Ferreira da Cruz, comparsa de Cachoeira. O grupo é acusado de tentar fraudar o sistema de bilhetagem eletrônica do transporte público na capital federal. Gleyb teria levado uma comitiva de empresários sul-coreanos a um diretor do DFTrans, a empresa pública de transporte do Distrito Federal. O objetivo da quadrilha era infiltrar a companhia asiática no governo e, como parte de um acordo prévio, obter 50% dos lucros do contrato de bilhetagem. A organização criminosa foi desfeita pela Polícia Federal antes da licitação.

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