terça-feira, 14 de agosto de 2012

Começa julgamento do ex-presidente argentino Fernando de la Rúa por corrupção


Comneçou na Argentina o julgado do ex-presidente Fernando de la Rúa, de 74 anos, que governou o país de 1999 a 2001, acusado de "corrupção ativa agravada e desvio de fundos públicos". Nesta terça-feira, no primeiro dia no banco dos réus, De la Rúa se mostrou calmo. Ele e outras seis pessoas são acusadas de suborno que teria sido pago ao Senado para a aprovação em 2000 de uma reforma trabalhista exigida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). O ex-presidente pode ser punido com até dez anos de prisão. "É o caso de corrupção institucional mais grave desde o retorno à democracia em 1983", declarou Mario Pontaquarto, que foi incriminado após levar o caso à justiça. O escândalo começou com as denúncias do arrependido Pontaquarto e de outras testemunhas sobre o pagamento de cinco milhões de dólares para senadores que votaram a favor da norma que eliminava direitos trabalhistas e que foi exigida pelo FMI como condição para manter o apoio financeiro ao governo De la Rúa. Esta não é a primeira vez na Argentina que um ex-presidente da era democrática é julgado, uma vez que Carlos Menem (1989-1999) foi absolvido em 2011 em um julgamento por contrabando de armas para Croácia e Equador, além de ser acusado de acobertar um acusado pelo atentado a bomba contra o centro judaico AMIA, em 1994, que deixou 85 mortos e 300 feridos. De la Rúa ouviu por mais de duas horas a leitura da acusação sentado na primeira fila do tribunal . Atrás dele, o ex-chefe de inteligência, Fernando de Santibanes, o ex-ministro do Trabalho, Mario Flamarique, além de quatro ex-senadores, todos acusados de corrupção, como o ex-secretário parlamentar Pontaquarto. O autor da denúncia, de mesma filiação política que De la Rúa, previu que durante o julgamento ratificaria sua versão do que aconteceu e pediria para ser condenado pelo tribunal.

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