sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Cristina Kirchner pede lei de "ética pública" para jornalistas na Argentina

A presidente da Argentina, a peronista populista e muito incompetente Cristina Fernández de Kirchner, defendeu nesta quinta-feira a criação de uma lei de "ética pública" para os jornalistas do país, em um novo ataque aos meios de comunicação opositores. A declaração foi feita na abertura da exploração de um poço de petróleo da empresa YPF, expropriada em abril. "Precisamos de uma lei de ética pública para o quarto poder de uma vez por todas na Argentina, para saber se quem difunde a informação recebe dinheiro de alguma empresa. Não me refiro aos meninos que vêm com um microfone ou gravador correndo e tentando fazer uma reportagem, mas àqueles que já são estrelas", disse. A presidente peronista fez referência a uma série de reportagens publicadas pelo jornal "Clarín", um dos principais opositores ao governo, sobre a ameaça de renunciar feita pelo presidente da YPF, Miguel Galuccio, após ser desautorizado por Cristina ao fazer um decreto sobre a exploração petroleira. A alusão às estrelas aconteceu porque as matérias publicadas pelo "Clarín" foram escritas por Marcelo Bonelli, jornalista que tem coluna no jornal e programa diário no canal TN, do mesmo grupo de comunicação. Cristina Kirchner o acusou de fazer essa matéria porque Bonelli tem um familiar e um sócio que trabalhavam para a área da publicidade da YPF quando a companhia era controlada pela espanhola Repsol. O contrato foi rescindido quando o Estado tomou conta da petroleira, em abril. A presidente argentina faz referências constantes aos meios de comunicação durante seus discursos, na maior parte criticando os meios opositores, especialmente o Grupo Clarín, a quem os governistas chamam de "monopólio".

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