quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Defesa diz que petista João Paulo não recebeu propina

O advogado Alberto Toron afirmou que seu cliente no processo do Mensalão do PT, o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), "não recebeu dinheiro de corrupção". Ele nega que os R$ 50 mil sacados pela esposa do deputado, Márcia Regina, fossem propina paga pela SMP&B, agência de publicidade de Marcos Valério, para beneficiar a empresa em licitação na Câmara. Afirma que o recurso foi recebido após pedido ao ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e seria para pagar pesquisas pré-eleitorais para a prefeitura de Osasco em 2004. João Paulo, aliás, é o único réu que é candidato nas eleições de outubro e disputa justamente o cargo de prefeito de Osasco. "João Paulo Cunha não recebeu dinheiro de corrupção, não favoreceu a SMP&B", afirmou Toron. Ele destacou que Marcos Valério esteve na casa de João Paulo Cunha no dia anterior ao saque feito pela esposa do deputado: "Fosse dinheiro de corrupção levava em mãos, como é o natural, não pelo banco". O advogado ressaltou ainda que o Ministério Público afirma que era possível sacar dinheiro com outra pessoa assinando em seu lugar. Para Toron, se fosse corrupção, o deputado não teria enviado a esposa ao banco. Toron afirmou ainda que a acusação falava em corrupção no processo licitatório, mas não teria provado qualquer irregularidade.

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