quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Dmae instala a última tubulação do emissário subaquático do Guaíba

Ultimo tubo de 500 metros lançado ao fundo do Guaíba
O Projeto Integrado Socioambiental (Pisa) conclui nesta quarta-feira mais uma etapa para criar a infraestrutura que irá elevar de 27% para 77% a capacidade de tratamento de esgotos de Porto Alegre. Parte da maior obra de saneamento da história da cidade, o emissário subaquático recebeu a última das 22 tubulações que ligam o bairro Cristal à Estação de Tratamento de Esgoto da Serraria, na zona Sul. Até o final de 2012, o conjunto de obras do Pisa deverá ser concluído. Ao todo, o município investe R$ 586 milhões no projeto, que ainda ajudará a retomada gradativa da balneabilidade das praias do Lago Guaíba. O emissário soma-se a outras duas etapas já concluídas do Pisa, o Emissário Terrestre e a Estação de Bombeamento de Esgoto Cristal. Para a conclusão de toda a obra que tratará os esgotos das bacias dos arroios Dilúvio, Cavalhada e Salso, resta apenas finalizar a estação na Serraria e o emissário final do esgoto tratado. A Estação de Tratamento de Esgoto da Serraria deve iniciar período de testes em setembro, informou o diretor-presidente do Dmae, Flávio Presser. Hoje, há cerca de 700 pessoas trabalhando na instalação. “A estação é inteiramente automatizada, então deveremos começar a pré-operação em setembro para afinar os comandos”, disse Presser. Com o Pisa e o Sistema de Esgotamento Sanitário do Sarandi, também com conclusão prevista para dezembro deste ano, a capital gaúcha terá infraestrutura para tratar 80% dos esgotos. Conforme Presser, a ampliação do tratamento será realizada de forma gradativa, de acordo com a ligação dos esgotos das residências à rede do Dmae. Cada tubo do emissário subaquátrico tem 1,6 m de diâmetro e 500 metros de extensão. Foram utilizadas 13.733,5 toneladas de concreto para os 11 quilômetros de tubulações. O transporte marítimo correspondeu a mais de mil quilômetros de distância. O primeiro afundamento aconteceu em setembro do ano passado e levou mais de 12 horas de execução. O penúltimo afundamento foi feito em cerca de seis horas de trabalho. A cada dois meses, uma nova tubulação era colocada sob o lago, fechando o ciclo: dragagem, montagem de contrapesos e afundamento. Trabalharam diariamente na execução uma média de 75 profissionais, entre engenheiros civis, mecânicos, encarregados de obras, mergulhadores, mestre fluvial, contramestre fluvial, tripulação embarcada e soldadores.

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