terça-feira, 7 de agosto de 2012

Egito começa a fechar túneis de Gaza após ataque na fronteira

O Egito começou a fechar nesta terça-feira a rede de túneis que dá acesso à Faixa de Gaza, dois dias depois de um ataque atribuído a terroristas palestinos e que matou 16 agentes de fronteira egípcios. Enquanto as autoridades avaliam como reagir ao mais letal ataque em várias décadas na tensa península do Sinai, onde o Egito faz fronteira com Israel e Gaza, uma multidão indignada participou do funeral militar dos guardas no Cairo. Na localidade fronteiriça de Rafah máquinas pesadas foram levadas até o lado egípcio dos túneis, que são usados para o contrabando de pessoas, alimentos e combustíveis, o que permite que a população do pequeno território litorâneo palestino sobreviva. "O objetivo da campanha é fechar todas as aberturas entre Egito e a Faixa de Gaza, que são usadas em operações de contrabando", disse uma fonte de segurança. O governo egípcio disse que os pistoleiros envolvidos no atentado de domingo chegaram de Gaza ao Egito pelos túneis. Israel diz que grupos jihadistas palestinos estão se infiltrando no Egito e aproveitando o vazio de segurança na região para se aliar a militantes locais com o objetivo de atacar a longa fronteira com Israel, que vai até o mar Vermelho. Terroristas do Sinai já atacaram oleodutos que levam ao Estado judeu, e também delegacias de polícia e postos de controle no lado egípcio. No ano passado, oito israelenses foram mortos em ataques desse tipo na região da fronteira. A situação da segurança no Sinai se deteriorou fortemente desde a revolução que derrubou em fevereiro de 2011 o governo de Hosni Mubarak, que era um tradicional aliado dos Estados Unidos na região.

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