segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Eike Batista deixa de ser o mais rico do Brasil isolado


Após três anos isolado no topo do ranking das pessoas mais ricas do Brasil, Eike Batista agora passa a dividir esse status com o empresário Jorge Paulo Lemann, segundo a revista Forbes Brasil, que será lançada nesta terça-feira. Com o título “Empate técnico”, a reportagem de capa do primeiro número da edição brasileira apresentará um ranking dos maiores bilionários do País. Segundo os cálculos da Forbes, Eike Batista tem hoje um patrimônio de R$ 30,26 bilhões, enquanto Lemann possui R$ 29,3 bilhões. “Foi preciso menos de meio ano para que encolhesse drasticamente a diferença de cifrões que separa os impérios financeiros de Eike Batista e Jorge Paulo Lemann”, afirma a revista. Na lista das mais de mil pessoas mais ricas do mundo, divulgada no início de março, Eike Batista aparecia na sétima posição, com uma fortuna de US$ 30 bilhões. Esse era o patrimônio dele considerando o preço das suas ações naquele momento. Convertendo para reais pela cotação da época, ele teria aproximadamente R$ 50 bilhões. Nessas condições, os papéis em poder do empresário teriam perdido erca de R$ 20 bilhões em valor de mercado. O patrimônio de Lemann, ao contrário do de Eike Batista, vem subindo rapidamente. Na lista de março ele aparecia com US$ 12 bilhões, o que equivalia a R$ 20 bilhões na cotação da época. Portanto, sua fortuna, quando avaliada em reais, aumentou em quase R$ 10 bilhões nos últimos cinco meses. A lista da Forbes difere do ranking da agência Bloomberg, que aponta Eike Batista como 22º mais rico do mundo, com US$ 21,3 bilhões, e Lemann como 2º do Brasil e 34º do planeta, com US$ 17,6 bilhões. Lemann é um dos acionistas controladores da AB InBev, a maior fabricante de cerveja do mundo. O conglomerado nasceu a partir de uma série de fusões. Primeiro, a Antártica e a Brahma uniram-se para formar a AmBev, em 1999; depois, somou-se à nova empresa a belga Interbrew, nascendo a então a InBev, em 2004. Por último, houve a aquisição da americana Anheuser-Busch, em 2008, criando a atual AB InBev. Um excelente negócio feito recentemente por Lemann foi a compra da rede de lanchonetes americana Burger King. Junto com os empresários também brasileiros Marcel Telles e Beto Sicupira, adquiriu 100% das ações da companhia por US$ 3,3 bilhões (ou US$ 4 bilhões incluindo dívida) e fechou seu capital. Em junho a empresa voltou a negociar ações em bolsa e hoje tem um valor de mercado de US$ 5,3 bilhões. Segundo a Forbes, a fortuna de Lemann “foi fermentada pela venda de uma participação de 29% na Burger King, por US$ 1,4 bilhão”. “Já Eike Batista”, continua a revista, foi “virtualmente empobrecido pelo escorregão das ações de seu grupo em notícias de uma produção de petróleo mais murcha do que o esperado pela OGX”.

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