sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Eliana Calmon diz que postura do Supremo sobre Mensalão do PT será um farol para a Justiça

O julgamento dos réus do Mensalão do PT, em curso no Supremo Tribunal Federal, “servirá de balisa para a Justiça e deverá repercutir em todas as instâncias no País”, avaliou nesta quinta-feira a corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon. Ela estima que os próximos votos dos ministros do Supremo deverão seguir “a linha até aqui mostrada, e as decisões serão um farol para iluminar o que teremos daqui para a frente, no futuro”. Para a corregedora, está claro para a população o que ocorreu em 2005, data em que o esquema foi denunciado. Na sua avaliação, o Supremo “não falhou em nenhuma das considerações feitas, primeiro por tornar o julgamento possível, segundo por cumprir o cronograma estabelecido e, em seguida, por dizer o que disse até agora”. Eliana Calmon, que deixará o cargo na próxima semana com o fim do mandato, disse que encontrou resistências no seu trabalho, ao assumir a corregedoria nacional há dois anos, na tentativa de melhorar o desempenho do Poder Judiciário. Para ela, as resistências foram reações naturais diante das mudanças promovidas. A ministra acredita, no entanto, que o seu trabalho vai continuar pelo Conselho Nacional de Justiça, ainda que lamente não ter finalizado alguns projetos: “Na questão dos vencimentos dos magistrados, tentamos fazer um cadastro para saber quanto ganha cada desembargador, mas não foi possível". Segundo ela, é preciso "igualar a remuneração da categoria porque não é possível haver distâncias tão grandes nos vencimentos”. O primeiro passo para equalização nessa área, de acordo com a corregedora, já foi dado, com a assinatura da Lei de Acesso à Informação que, na visão de Eliana Calmon, pode “sinalizar uma nova mentalidade sobre o assunto no Poder Judiciário”.

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