quarta-feira, 8 de agosto de 2012

"Geiza era uma funcionária mequetrefe", defende advogado

A ex-gerente financeira da agência SMP&B, Geiza Dias, era uma mera cumpridora de ordens do empresário Marcos Valério. Com esse argumento, o advogado Paulo Sérgio Abreu e Silva tentou desqualificar as acusações de participação de Geiza no esquema do Mensalão do PT. "Geiza era uma funcionária mequetrefe, de terceiro ou quarto escalão. Ela era uma 'batedeira' de cheques. Se Geiza não cumprisse essa missão, que era própria da seção financeira dela, evidentemente que ela estaria demitida por justa causa. Daí não estaríamos discutindo ação penal, mas um processo trabalhista", afirmou Abreu e Silva. Geiza Dias é acusada de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas. Segundo o Ministério Público, ela auxiliava Simone Vasconcelos no pagamento das propinas a parlamantares, enviando e-mails ao Banco Rural com autorizações para os saques da conta bancária. O advogado sustentou que Geiza teria contribuído mais para a acusação se fosse arrolada como testemunha, em vez de acusada. Abreu e Silva destacou que o nome da ex-gerente surge em apenas uma passagem da denúncia, tendo participação secundária no esquema, e criticou o ex-procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. "A falta de sensibilidade de quem fez a denúncia foi muito grande. Geiza foi testemunha do Ministério Público. O então procurador não soube redigir uma denúncia. É duro falar isso porque sou do Ministério Público, mas é a verdade verdadeira. Não existe, não tem prova. O procurador-geral poderia ver com ela se algum repasse além daqueles do Marcos Valério ocorreu. Daí perdem essa excelente testemunha de acusação", afirmou Abreu e Silva.

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