terça-feira, 14 de agosto de 2012

Governo Dilma diz que reivindicações de grevistas não serão atendidas

O governo Dilma não apresentou qualquer proposta na primeira reunião realizada com os grevistas, na manhã desta terça-feira. No encontro, representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condesef) e o comando de greve das cerca de 30 categorias paralisadas voltaram a apresentar ao secretário de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Sérgio Mendonça, o pedido de correção das distorções salariais. Na prática, isso significa a equiparação de salários de servidores públicos de nível superior com o que é pago a cinco carreiras que tiveram um reajuste diferenciado com a Lei 12.277, de 2010. Com ela, engenheiros, arquitetos, geólogos, economistas e estatísticos passaram a ter um piso salarial de R$ 5.460,02 e um teto de R$ 10.209,50. Esse número atingiria 20 mil servidores ativos do Executivo Federal e representaria 78% de aumento, segundo a Condesef. O pedido de reajuste para os servidores de outros níveis é de 30%. Um novo encontro com a Condesef foi marcado para sexta-feira, pela manhã, quando o governo pretende apresentar uma contraproposta. No entanto, o secretário-geral da entidade, que reúne 80% das categorias em greve, Josemilton Costa, já sabe que não terá suas reivindicações atendidas: "O governo não antecipou nada, mas o Sérgio Mendonça disse que as possibilidades deles estão distantes do nosso pedido". Após reunião de sexta-feira, a Condesef vai reunir a categoria para discutir os rumos da greve. A determinação do governo de cortar o ponto dos servidores que não comparecerem ao trabalho, por conta da greve, não preocupa Costa. Para ele isso não afetará a paralisação. "Isso já havia sido decidido antes pelo Superior Tribunal de Justiça e a greve se fortaleceu". Está prevista para esta quarta-feira uma marcha de 15 mil servidores pela Esplanada dos Ministérios. A ideia é sair da Catedral e seguir em direção ao Palácio do Planalto.

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