domingo, 5 de agosto de 2012

GURGEL AFIRMA QUE DESVIO DE 73 MILHÕES DO BANCO DO BRASIL ABASTECEU MENSALÃO DO PT


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou na sexta-feira que foram desviados R$ 73 milhões em recursos públicos do Banco do Brasil, por meio do fundo Visanet, para abastecer o esquema do Mensalão do PT. Para Gurgel, a verba foi apropriada pela DNA Propaganda, agência do publicitário Marcos Valério, com o aval do então diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato. O chefe do Ministério Púbico disse, em sustentação oral no plenário do Supremo Tribunal Federal, que peritos constaram que não houve comprovação de prestação de serviços da DNA, empresa usada para operar o esquema de compra de apoio político no governo Lula. Os desvios, segundo Gurgel, ocorreram na hora em que o banco antecipou em quatro ocasiões, entre os anos de 2003 e 2004, recursos do fundo para a agência de publicidade. "O crime consumou-se mediante autorização dada por Henrique Pizzolato", disse Gurgel, lembrando que em três das quatro antecipações de recursos foi o próprio ex-diretor do banco que o assinou. O procurador-geral afirmou que o próprio Pizzolato recebeu cerca de R$ 306 mil do esquema comandado por Marcos Valério. Segundo Gurgel, o ex-diretor do Banco do Brasil apresentou uma versão "inusitada" para o recebimento dos recursos: não sabia o que tinha dentro dos dois envelopes pardos com o dinheiro, entregue por um conhecido por Pizzolato. "A desculpa apresentada por Henrique Pizzolato, de tão esdrúxula e esfarrapada, não deveria sequer ser comentada", disse. Em relação ao Visanet, Gurgel disse que Pizzolato, Marcos Valério e os sócios da agência de publicidade dele ainda se apropriaram indevidamente de R$ 2,9 milhões do chamado bônus de volume (BV).

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