domingo, 5 de agosto de 2012

GURGEL AFIRMA QUE NENHUM GERENTE DE BANCO ASSINARIA EMPRÉSTIMOS DO RURAL PARA O PT


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, voltou a falar sobre os quatro integrantes do Banco Rural citados na denúncia do caso do Mensalão do PT na sessão do Supremo Tribunal Federal de sexta-feira, ao comentar sobre as acusações de gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. Gurgel destacou a falta de garantias para a concessão dos empréstimos ao PT e a empresas de Marcos Valério, de onde saíram os recursos do Mensalão do PT, e enfatizou o fato de os recursos terem sido liberados pela diretoria do banco e não por gerentes. "A situação de risco era tão alarmante que a decisão de assinatura envolvia a própria diretoria da instituição. Não era em gerência, porque nenhum gerente seria louco para assiná-los", disse Gurgel. Ele reiterou que não havia previsão de pagamento pelos tomadores nem de recebimento pelos credores. Destacou que as análises de risco foram feitas de forma leniente para evitar que o Rural tivesse que reter em seus cofres o total do valor emprestado devido ao alto risco das operações. Destacou que, no caso do PT, sequer havia cadastro e que os avalistas das operações não tinham patrimônio para quitar nem 10% do que foi tomado. Ao todo, foram concedidos R$ 32 milhões em empréstimos. O procurador afirmou ainda que o Banco Rural montou um esquema de lavagem de dinheiro para permitir os saques de recursos na boca do caixa. Enfatizou que o banco não informou às autoridades quem eram os reais sacadores e qual a finalidade, limitando-se a dizer que o saque era da SMP&B e para pagamento de fornecedores.

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