quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Jazida petrolífera de Carcará é descoberta extremamente significativa, afirma diretor da Petrobras

Embora tenha se esquivado a detalhar a potencialidade da área de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos, cuja descoberta foi confirmada oficialmente na noite de segunda-feira pela Petrobras, o diretor de Exploração e Produção (E&P) da companhia, José Formigli, admitiu aos jornalistas que trata-se de “uma descoberta extremamente importante e significativa”. Formigli disse que a partir da confirmação da importância da descoberta, a Petrobras vai agora revestir o poço e aprofundar as perfurações para buscar o fim do óleo. “Quatrocentos metros são muita coisa e o óleo é de muito boa qualidade, mas não adianta a coluna ter 400 metros se não apresentar uma boa permeabilidade”, disse. O diretor da Petrobras citou o caso do campo gigante de Marlim, na Bacia de Campos, com seus 100 metros a 120 metros de coluna, para justificar a prudência com que a empresa e seus sócios no empreendimento vem tratando a descoberta. "Marlim tem 100 a 120 metros de coluna, mas precisamos lembrar que uma coluna de petróleo tem três dimensões. E especificamente no caso de Marlim temos um alongamento do campo sensacional. Por isso Marlin é o que é, um dos maiores campos de petróleo do País. Mas sem dúvida que Carcará é algo muito grande”, enfatizou. Segundo nota divulgada na noite de segunda-feira pela Petrobras, os novos dados obtidos com a continuação da perfuração do poço de Carcará, localizado no bloco Bacia Marítima de Santos 8 (BM-S-8) em águas ultraprofundas, no pré-sal da Bacia de Santos, confirmaram a potencialidade e a importância da jazida. A descoberta já havia sido anunciada preliminarmente pela Petrobras no dia 20 de março deste ano e está localizada a 232 quilômetros do litoral do Estado de São Paulo, em lâmina d'água de 2.027 metros. Segundo as informações divulgadas pela Petrobras, foram coletadas novas amostras de óleo até a profundidade de 6.131 metros, que comprovaram a boa qualidade do petróleo (cerca de 31º API), em reservatório carbonáticos de excelentes características de porosidade e permeabilidade. “Embora o poço ainda esteja em fase de perfuração dentro de uma zona de óleo a 6.213 metros de profundidade, já está confirmada uma coluna superior a 400 metros de petróleo, caracterizada principalmente por reservatórios contínuos e conectados”, diz nota da estatal. A Petrobras é operadora do consórcio (66%) em parceria com a Petrogal Brasil (14%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás (10%) e Queiroz Galvão Exploração e Produção (10%).

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