sábado, 18 de agosto de 2012

Ministro Ayres Britto acredita que voto fatiado não vá atrapalhar rito nem abrir brechas à contestação

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, disse na sexta-feira não acreditar que a decisão de fatiar a votação do Mensalão do PT, proposta pelo relator do processo, Joaquim Barbosa, vá atrapalhar o rito ou abrir brechas jurídicas para futuras contestações. "Acho que não", disse Britto. O formato do julgamento gerou polêmica entre os ministros na sessão do Supremo na última quinta-feira. Barbosa começou a apresentar seu voto, com relação à acusação que pesa sobre os réus do Mensalão do PT, na mesma sequência dos oito itens apresentados pela Procuradoria-Geral da República na denúncia. Para ele, seria melhor que os ministros votassem ao final de cada capítulo. Já o ministro-revisor do processo, Ricardo Lewandowski, separou suas considerações segundo a conduta de cada réu e defendeu que cada ministro leia seu voto por inteiro. Mais cedo, em Brasília, Ayres Britto já havia avisado que a metodologia usada pelo plenário será a fatiada, conforme quer Barbosa. Perguntado como ficaria a situação do ministro Cezar Peluso, que se aposenta compulsoriamente neste mês, Britto evitou comentar. "Só o andar da carruagem é que vai determinar", disse sobre a hipótese de Peluso não conseguir apresentar seu voto a tempo.

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