terça-feira, 7 de agosto de 2012

Policiais federais param e pedem reestruturação da carreira

Policiais federais de 25 Estados e do Distrito Federal entraram em greve nesta terça-feira pedindo a criação de uma lei que reestruture as carreiras da corporação, estabelecendo as atribuições de cada cargo e atualizando a tabela de salários da categoria. Conforme o vice-presidente da Federação Nacional de Policiais Federais (Fenapef), Paulo Poloni, "a adesão no Brasil inteiro está muito boa". O Ministério da Justiça afirmou que ainda não tem um posicionamento sobre a greve. A categoria reivindica que todos os cargos da Polícia Federal sejam considerados de nível superior, inclusive os escrivães e papiloscopistas. Segundo Poloni, na prática, esses funcionários já são de nível superior: "Estamos pleiteando uma lei que efetivamente estabeleça as atribuições dos cargos. Evidentemente que a reestruturação tem um reflexo salarial. Em termos salariais, estamos há sete anos sem nenhum reajuste. Nem inflacionário". De acordo com Poloni, 70% do efetivo de 12 mil funcionários da Polícia Federal aderiram à paralisação. Ele disse que serviços como fiscalização, realização de audiências e de investigações foram suspensos. Em alguns aeroportos, como o Salgado Filho, em Porto Alegre, e o Juscelino Kubitschek, em Brasília, os funcionários da Polícia Federal cruzaram os braços. Em São Paulo, nos aeroportos de Congonhas e de Guarulhos, a previsão é realizar a partir desta quinta-feira uma operação-padrão, quando todos os procedimentos são seguidos à risca, o que, na prática, torna mais lento o trânsito de passageiros pelos postos de controle. "Nas delegacias de fronteira, nós orientamos que se faça uma operação-padrão, porque são áreas de segurança nacional", disse o vice-presidente da Fenapef.

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