quinta-feira, 13 de setembro de 2012

ADPF defende advogado criticado por Barbosa durante sessão do mensalão

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal divulgou nota manifestando “solidariedade" ao delegado federal Luís Flávio Zampronha, que presidiu o inquérito policial que investigou os fatos relacionados ao Mensalão do PT. Segundo a nota, “a conduta pessoal ou profissional do delegado Zampronha, assim como a atuação dos advogados de defesa e do órgão acusatório, não é objeto do julgamento da Ação Penal 470 e, portanto, não merece qualquer reprimenda nessa instância”. A nota se refere à declaração do relator do processo no Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, que desqualificou na quarta-feira a entrevista de Zampronha, defendendo a inocência da ré Geiza Dias. Barbosa interrompeu a fala do revisor, Ricardo Lewandowski, que citou a entrevista para embasar seu voto. Para Barbosa, Zampronha seria no mínimo suspenso em um País "decentemente organizado". "Veja como as coisas são bizarras no nosso País. Um delegado preside um inquérito e, às vésperas do julgamento da ação, vai à imprensa e diz 'fulano não deveria ser julgado'", afirmou Barbosa. "Em qualquer país decentemente organizado, um delegado como esse estaria no mínimo suspenso", disse. Ainda segundo a ADPF, "felizmente, em qualquer país organizado a livre manifestação do pensamento e o pluralismo de opiniões sempre serão dignos de respeito pelo Poder Judiciário, sobretudo no âmbito do STF, guardião da Constituição Federal brasileira".

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