segunda-feira, 17 de setembro de 2012

ANP alerta que suspensão da petroleira Transocean pode afetar operação no pré-sal

A ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) entrou nesta segunda-feira com pedido de reconsideração da decisão do Superior Tribunal de Justiça que determinou a suspensão das atividades da Chevron e da Transocean no Brasil, prejudicando a exploração no pré-sal. Chevron e Transocean estão impedidas de operar no Brasil desde o fim de julho, após liminar contra as duas empresas ser concedida pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Segundo a diretora geral da ANP, Magda Chambriard, a decisão do Superior Tribunal de Justiça, se executada, trará enorme prejuízo ao País, tanto em termos de produção de petróleo como na balança comercial, já que reduzirá o petróleo a ser exportado. Uma das sondas da Transocean, segundo Magda Chambriard, está instalada no campo de Tupi, no pré-sal de Santos, o que poderia comprometer o desenvolvimento do campo. Outra está no campo de Marlim, também um dos grandes campos produtores da Petrobras na bacia de Campos. A Petrobras tem oito das dez sondas de perfuração da Transocean no País. A BP e a Vanco afretam as outras duas unidades. O Brasil tem no momento 78 sondas de perfuração em operação, disse a executiva. Outro risco, ressaltou Magda Chambriard, será a suspensão do recolhimento de óleo que ainda sai do campo de Frade, na bacia de Campos, que está sendo feito pela Chevron. "A Chevron não está autorizada a produzir, nem injetar, nem perfurar, mas faz esse trabalho de contenção do óleo residual que ficou do acidente", explicou a executiva. Em novembro do ano passado um acidente no campo do Frade, na bacia de Campos, operado pela Chevron, jogou 3,7 mil barris de petróleo no mar. A ANP multou a Chevron até agora em R$ 35 milhões, mas ainda avalia um dos 25 ítens de irregularidades encontrados, o que poderá fazer o valor subir para cerca de R$ 37 milhões. O Ibama multou a empresa em mais R$ 60 milhões, mas a Chevron está recorrendo. Segundo Magda Chambriard, o único ítem ainda não multado foi o abandono do poço onde houve o acidente.

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