quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Bancários gaúchos decidem entrar em greve

Os bancários de Porto Alegre e de outros 14 municípios da Região Metropolitana decidiram em assembléia na noite desta quarta-feira iniciar a nona greve consecutiva da categoria. Com a decisão, válida para bancos públicos e privados, a promessa é cruzar os braços a partir da próxima terça-feira. Conforme os bancários, a greve é consequência do impasse nas negociações salariais. Enquanto os trabalhadores pedem reajuste de 10,25%, sendo 5% de aumento real, a última proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), apresentada semana passada, foi de 6%. Para os bancários, a oferta patronal significa ganho de apenas 0,58% acima da inflação. A categoria pede ainda aumento no plano de participação nos lucros, mais contratações e o fim de uma rotatividade que consideram excessiva. Na segunda-feira ocorrerão novas assembléias para organizar o movimento. Segundo o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), existem de 12 mil a 15 mil bancários nos 15 municípios abrangidos pela entidade. Destes, cerca de apenas mil são sindicalizados. A categoria dos bancários já foi talvez a maior e mais importante do País, na época da inflação galopante, de cerca de 80% ao mês, que obrigava os clientes a procurar os bancos todos os dias, para colocar no overnight o seu dinheiro. O Plano Real de Fernando Henrique Cardoso acabou com esta loucura, ao estabilizar a moeda e liquidar com a inflação. A partir daí a categoria dos bancários começou a murchar, em consequência do processo de informação e imnplementação do auto-atendimento pelos bancos. Afinal de contas, computador não tem custos sociais. Hoje os bancários são um arremedo de categoria.

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