quinta-feira, 20 de setembro de 2012

"Bandido bom é bandido morto", diz deputado reagindo a denúncias de violência envolvendo policiais

"Bandido bom é bandido morto". Assim o líder do PSDB na Assembleia Legislativa de Goiás, Túlio Isac, reagiu às críticas que o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa, Mauro Rubem (PT), fez na terça-feira à política de segurança pública do governador Marconi Perillo. "Deixa a polícia trabalhar, deputado", disse Isac durante sessão da Assembleia Legislativa. Da tribuna, ele defendeu o aumento do número de policiais e a criação de uma força de elite: "Carregue as armas e meta bala nos vagabundos que atormentam a vida dos trabalhadores". Minutos antes, também da tribuna, Mauro Rubem tinha classificado o governo do Estado de omisso em relação a possíveis desmandos policiais. Embora sem comentar especificamenteos casos, Isac defendeu os PMs goianos, dizendo que os bandidos não hesitam em reagir à ação policial e que, se a corporação não age com rigor, ninguém visita as famílias das vítimas dos criminosos, que permanecem à solta. "Hoje, o policial não pode sacar a arma. O policial só pode atirar se o bandido atirar primeiro e errar", disse Isac. Segundo ele, se bandidos houvessem sido "aniquilados", o radialista e comentarista esportivo Valério Luiz "ainda estaria vivo". Filho do comentarista esportivo Manoel de Oliveira, Luiz foi morto a tiros em julho deste ano. O crime ainda está sendo apurado. Na época, o pai do radialista chegou a dizer que perdeu o filho para o futebol. Dias depois, o então comandante de Missões Especiais da Polícia Militar, tenente-coronel Wellington Urzêda, foi afastado do caso após a mulher de Luiz ter questionado o fato de, até pouco antes do crime, o militar fazer parte da diretoria do Atlético Goianiense. A gestão dele tinha sido duramente criticada pelo radialista. Na semana passada, Urzêda foi afastado temporariamente do Comando de Missões Especiais da Polícia Militar de Goiás e está sendo investigado por denúncias de envolvimento em um grupo acusado de responsável pelo desaparecimento de várias pessoas nos últimos 11 anos.

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