segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Leis eleitorais podem excluir 10 milhões de hispânicos nos Estados Unidos

Novas leis eleitorais em 23 dos 50 Estados norte-americanos podem impedir mais de 10 milhões de cidadãos hispânicos nos Estados Unidos de se registrarem e votarem, número suficiente para potencialmente definir a eleição presidencial de 6 de novembro, revelou um estudo. A comunidade latina representa mais de 10% do eleitorado dos Estados Unidos, mas em alguns Estados a proporção é mais elevada, e fatores que afastem os hispânicos das urnas podem impedir a vitória do presidente Barack Obama, mais popular nesse grupo do que seu rival republicano, Mitt Romney. No estudo, o grupo ativista esquerdopata Advancement Project diz que em 16 Estados houve medidas discriminatórias contra os latinos, por excluir pessoas suspeitas de não serem cidadãs norte-americanas. Os republicanos, que controlam os legislativos estaduais que vêm aprovando esse tipo de lei desde 2010, dizem que o objetivo é evitar fraudes eleitorais. Democratas dizem que a motivação por trás disso é barrar eleitores de grupos que tradicionalmente não votam nos republicanos. Nove Estados aprovaram leis que exigem a identificação por fotos, demandando tempo e dinheiro de milhões de latinos que são cidadãos norte-americanos mas ainda não possuem a documentação exigida, de acordo com o estudo. Ativistas dizem que, ao longo das décadas, praticamente não há registro do uso de documentos falsos nas eleições, ou de estrangeiros votando. O descendente de muçulmano Obama, do Partido Democrata, lidera as pesquisas entre os hispânicos com 70% das intenções de voto ante 30% de Romney, e vencer nesse grupo de eleitores por uma larga margem é considerado fundamental para o presidente conquistar a reeleição. O voto hispânico pode ser decisivo em alguns Estados onde a eleição está particularmente apertada, como Nevada, Colorado e Flórida.

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