quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mensaleiro petista José Genoíno diz que nunca jogou a toalha em sua vida

À espera de sua sentença, o ex-presidente do PT, José Genoino, ainda tem esperança de ser absolvido pelo Supremo Tribunal Federal no processo do Mensalão petista. "Eu não joguei a toalha. Nunca joguei a toalha na minha vida", diz José Genoino, obrigado a parar de fumar depois do cateterismo feito na terça-feira, no Instituto do Coração (Incor). O exame das artérias coronárias foi considerado normal para a idade de Genoino, que tem 66 anos e é fumante há mais de 40. Mesmo assim, ele ainda terá de tomar medicamento para pressão alta por muito tempo. Os amigos do político, que foi um dos mais expressivos deputados federais do PT, e hoje é assessor do Ministério da Defesa, estão preocupados com o seu destino, mas ele garante que não entregou os pontos. "Sou inocente e não cometi nenhum crime. Fui só presidente do PT", afirma José Genoino. No processo do Mensalão do PT, a Procuradoria-Geral da República sustenta que o mensalão foi abastecido com R$ 55 milhões, que se somaram a R$ 74 milhões desviados da Visanet, fundo que tinha dinheiro público e era controlado pelo Banco do Brasil. Para a procuradoria, os empréstimos foram fajutos e Genoino virou réu por corrupção ativa e formação de quadrilha. "Eu nunca cuidei das finanças do PT e apresentei contraprova. Meu patrimônio é o mesmo há 30 anos. Confio na Justiça", afirma José Genoino. Para o ex-presidente do PT, a crise política que atingiu o governo Lula e dizimou a cúpula do partido, em 2005, foi como o Ato Institucional nº 5 (AI-5), de 1968, que marcou o período mais duro da ditadura militar (1964-1985). Deputado por 24 anos, José Genoino não foi reeleito em 2010, mas é suplente. Pode entrar na vaga de João Paulo Cunha, condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato, caso seja absolvido pelo Supremo e o colega perca o mandato na Câmara. Hoje, porém, garante que só está preocupado com a saúde e com sua defesa.

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