domingo, 23 de setembro de 2012

Mercadante diz que "estranhou" postura do ministro relator Joaquim Barbosa

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, criticou a forma "superficial" como o relator do processo do Mensalão do PT no Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, sugeriu que a rapidez com que o Congresso aprovou a votação do marco regulatório do setor elétrico seria a comprovação de que houve compra de votos pelo PT para aprovar medidas no Legislativo. "É preciso ter respeito entre os Poderes, reconhecer o mérito legislativo e conhecer como se constrói um consenso entre os partidos", desabafou Mercadante que, no início de 2004, quando o processo tramitou no Congresso, era líder do governo Lula no Senado. Mercadante lembrou ainda que todos os senadores da época, fossem eles oposição ou governo, "podem testemunhar" que houve transparência nas discussões e que elas se travaram "sobre mérito", em sua sala, no Senado, inclusive com a presença da então ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff. "Foi uma negociação de mérito e votamos, governo e oposição, por unanimidade, porque havia consciência da urgência e relevância da aprovação do texto, já que poderia ocorrer um apagão", afirmou o ministro da Educação. Mesmo não tendo sido citado por Barbosa, fez questão de polemizar com o ministro do Supremo. Não foi citado porque Joaquim Barbosa referiu-se estritamente ao que está nos autos. Ele disse que "estranhou" a postura de Joaquim Barbosa: "Como se pode tratar de uma matéria destas, que foi objeto de debate rigoroso e fruto de entendimento total, com a ligeireza e superficialidade que foi dada ao caso?"

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