terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ministério Público do Trabalho pretende investigar denúncia de contaminação de trabalhadores em fábrica desativada da Rhodia

Funcionários terceirizados que trabalham na desativação de uma antiga unidade da Rhodia, em Cubatão (SP), alegam que foram contaminados com um pesticida chamado hexaclorobenzeno. Eles procuraram a ajuda da Associação de Combate aos Poluentes (ACPO), uma entidade sem fins lucrativos que atua na proteção do meio ambiente e da saúde pública, que levou a denúncia ao Ministério Público do Trabalho. Segundo a associação, os problemas de saúde começaram a ser constatados em 1978, quando trabalhadores da unidade da Rhodia em Cubatão, que trabalhavam com um composto conhecido como Pó da China, começaram a apresentar tumores pelo corpo. Em 1979, a unidade de produção foi desativada. Em 1992, ocorreu uma nova denúncia de contaminação: operários da fábrica de solventes clorados, em Cubatão, descobriram que também estavam intoxicados por poluentes da Rhodia, o que foi comprovado por exames sanguíneos que atestaram a presença de hexaclorobenzeno. A fábrica foi interditada em 1993 e, desde então, nunca mais voltou a funcionar. Em 1995, um termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado entre a empresa, o sindicato dos trabalhadores das empresas químicas da região e o Ministério Público determinou a recuperação ambiental da área onde a fábrica estava instalada, o monitoramento da saúde das pessoas que trabalhavam na unidade e o pagamento do tratamento. O Ministério Público do Trabalho pretende apurar se há registros de novas contaminações na fábrica desativada e deve requisitar mais documentos à empresa e à associação para apurar a denúncia. Atualmente, a Rhodia tem cinco fábricas no estado de São Paulo: duas delas instaladas em Santo André, além de São Bernardo do Campo, Paulínia e Jacareí.

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