terça-feira, 18 de setembro de 2012

Petista Jorge Viana desafia Marcos Valério a contar "tudo o que sabe"

O senador Jorge Viana (PT-AC) desafiou nesta terça-feira o publicitário Marcos Valério a contar tudo o que sabe sobre o Mensalão do PT que, na sua avaliação, teria começado em Minas Gerais com o PSDB e o PFL (como se chamava o DEM), e não com o PT. Jorge Viana falou no plenário do Senado para contestar o líder do PSDB, senador Alvaro Dias (PR), que acusava o presidente Lula de manter "um silêncio ensurdecedor" diante da denúncia de Marcos Valério, publicada pela revista Veja, de que ele seria "o chefe" do Mensalão do PT. O senador do Acre pôs em dúvida a veracidade das afirmações de Marcos Valério, principal operador do Mensalão do PT. "Queria muito que o senhor Marcos Valério viesse falar nos canais de televisão, nos jornais, não a partir de aspas inventadas, mas de sua própria voz contando a origem dessa organização de desviar partidos e base aliada", afirmou. "Eu particularmente gostaria que Marcos Valério falasse à Nação, certamente, ele não traria mais uma versão e, sim, talvez, a realidade dos fatos...se Marcos Valério falasse, se ele viesse a falar seria muito bom para o Brasil", reiterou. O senador petista entende que Marcos Valério "foi jogado aos leões" pelo PSDB e PFL e não pelo seu partido, o PT, como consta nas declarações atribuídas a ele pela Veja. Ele apontou a existência de um golpe no procedimento dos que consideram Lula responsável pelo mensalão. "Golpe, não. A elite brasileira tem todo o direito de criticar, setores da mídia não gostam do modelo petista de governar. Não tem problemas. Só não vale golpe. Só não vale fazer matérias, só não vale montar esquemas para tentar destruir a história de um partido que tem muitos erros e falhas", afirmou. Jorge Viana retomou a tese, derrubada pelo Supremo Tribunal Federal, de que seu partido é vítima e não o responsável pelo esquema do Mensalão do PT: "Essa intolerância da elite brasileira com o PT está institucionalizada, é real. Eles não aceitaram o governo do presidente Lula por oito anos, eles engoliram mal e porcamente". "Eu sigo confiando no Supremo, mas vamos deixar a mais alta Corte do Brasil julgar com a independência que ela precisa ter. Não vamos fazer esse jogo de tentar a manipulação da opinião pública. Não funcionou uma vez. Tentaram duas vezes, tentaram três e agora estão achando que estão conseguindo algo".

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