sábado, 1 de setembro de 2012

Pibinho da Dilma – Analistas já falam em crescimento de apenas 1,5% em 2012, ou menos ainda

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro voltou a decepcionar no segundo trimestre deste ano, crescendo somente 0,4% (1,6% em termos anualizados), comparado ao trimestre anterior, na série livre de influências sazonais. O resultado, que ocorreu mesmo com forte redução dos juros e diversas medidas tributárias e creditícias de estímulo adotadas desde o segundo semestre do ano passado, consolida o pessimismo em relação ao crescimento em 2012, levando a projeções de 1,5% no ano ou até menos. Os dados do PIB do segundo trimestre foram divulgados na sexta-feira, no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Foi o que se previa, um desempenho ruim, e o segundo semestre não parece nada tranquilo, dadas as sinalizações de julho e agosto”, diz Sérgio Vale, economista da MB Associados. Ele reviu a projeção do ano de 1,5% para 1,3%, e prevê crescimento da apenas 3% em 2013. Na ponta mais otimista, há análises como a do departamento de pesquisa de mercados emergentes do banco inglês Barclays, para o qual “o pior da atividade já ficou para trás e a recuperação já está começando a emergir no Brasil”. O relatório cita a queda de estoques de veículos como fator positivo para o terceiro trimestre. Em relação ao mesmo período de 2011, a expansão no segundo trimestre foi de apenas 0,5%, pior resultado desde o terceiro trimestre de 2009, em plena crise global. Recuos na indústria, nos investimentos e nas exportações foram os principais responsáveis pelo mau resultado do PIB no segundo trimestre. Essa retração foi contrabalançada pelo ritmo apenas moderado de crescimento dos serviços e do consumo das famílias, insuficiente para produzir um resultado mais animador do PIB total no segundo trimestre. O único bom desempenho ficou por conta da agropecuária, que cresceu 4,9% (21% anualizado) no segundo trimestre, na comparação com o primeiro, livre de influências sazonais. O setor foi puxado pelo crescimento das safras de milho, café e algodão.

Nenhum comentário: