terça-feira, 18 de setembro de 2012

Presidente da Câmara ataca o STF e a Imprensa

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS) comentou o início do julgamento do Mensalão do PT, pelo Supremo Tribunal Federal, do núcleo político acusado de envolvimento com a compra de votos de parlamentares. Maia refutou a tese de existência do esquema de compra de votos do Mensalão do PT e negou qualquer participação do ex-presidente Lula. “Ontem, chamou-me muito a atenção o fato de voltar essa tese do mensalão. Eu acho isso tudo uma grande falácia. Não houve pagamentos mensais, por exemplo, aos deputados do PT, que não tinham necessidade de ter pagamento para votar com o governo”, disse ele. O presidente da Câmara disse ainda que os entendimentos do Supremo podem levar a uma rediscussão do preceito do ônus da prova. “A lógica que está se estabelecendo agora vai valer para tudo e isso inverte o preceito que sempre foi trabalhado pelo Supremo até hoje, de que o ônus da prova cabe a quem acusa”, completou Maia, destacando que esse é um debate para o futuro. Segundo Maia, as acusações são uma tentativa de reforçar teses que não condizem com a realidade para gerar um clima de instabilidade nas vésperas das eleições. “Outro absurdo é a suspeita de envolvimento do ex-presidente Lula com o mensalão. Vejam vocês que o próprio advogado do cidadão Marcos Valério desmente as acusações e a revista Veja as mantêm como se fossem verdadeiras”, disse Maia. Ele também criticou a reportagem que aponta o envolvimento de Lula com o Mensalão do PT sem citar dados comprobatórios ou novos. Segundo ele, a revista se valeu do argumento de que “pessoas ligadas ao governo” seriam a fonte da informação. “Esse é um debate que vamos ter que ter com a imprensa brasileira. Hoje, ficou simples dizer que pessoas ligadas ao governo, pessoas ligadas ao deputado Marco Maia, pessoas ligadas ao fulano de tal passaram informações”, completou Maia.

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