quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Presidente do Ipea diz que Brasil reduz desigualdades “de forma acelerada”

Influenciado por uma “pequena melhoria na educação” e pelo crescimento do emprego formal, o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, avaliou na quarta-feira que o Brasil está reduzindo “de maneira brutal” a desigualdade social. Porém, as diferenças entre os mais ricos e os mais pobres ainda são altas e requerem mais investimentos em educação e em empreendedorismo. “A desigualdade está caindo de uma forma acelerada nos últimos dez anos. A metade mais pobre da população está crescendo cinco vezes mais rápido em termos de renda que os 10% mais ricos”, afirmou o dirigente. Para Neri, a redução da desigualdade já está mudando o perfil da sociedade brasileira. “A base da distribuição está com uma taxa de crescimento completamente diferente em relação à média da população. Em certo sentido, isso faz com que o Brasil se torne um país normal”, completou. Segundo Neri, a educação, “que é muito ruim, mas que se tornou menos ruim”, é um dos motores da queda da desigualdade, assim como o avanço do mercado formal. De acordo com o economista, o Brasil gera 2 milhões de emprego por ano, fazendo com que a queda de diferença de renda entre a população seja “mais sustentada” do que se tivesse atrelada a programas sociais ou de concessão de crédito, que podem sofrer alterações conforme as mudanças políticas.

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