terça-feira, 25 de setembro de 2012

PT injeta R$ 14,8 milhões, mas candidatos patinam

A direção do PT nacional repassou mais de 14,8 milhões de reais a onze dos seus candidatos a prefeito em capitais mostra levantamento em dados do Tribunal Superior Eleitoral. Apesar desse repasse, o mais alto entre todos os partidos, nenhum candidato do PT que recebeu parte do valor conseguiu assumir a liderança nas pesquisas. Outros partidos conseguiram resultados melhores recebendo menos dinheiro. Entre as 17 candidaturas do PT nas capitais, apenas duas lideram: a de Paulo Garcia, em Goiânia (GO), e a de Marcus Alexandre, em Rio Branco (AC). Os dois candidatos nada receberam da direção nacional do partido, segundo os dados do TSE. Nas demais capitais, incluindo as onze em que os candidatos do PT receberam recursos do diretório nacional, os petistas não passam do terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. Entre as candidaturas que não decolaram está a de Fátima Cleide, em Porto Velho, que recebeu 475 000 reais do partido e amarga um quarto lugar. Um dos seus adversários, o deputado federal Mauro Nazif, do PSB, recebeu pouco mais da metade da direção nacional do seu partido, 250 000 reais, e aparece em segundo lugar nas pesquisas. Mais da metade dos 14,8 milhões de reais repassados pelo PT foram para a campanha de Fernando Haddad, em São Paulo. O ex-ministro recebeu cerca de 7,7 milhões de reais do PT Nacional. Na última pesquisa do Datafolha ele estava em terceiro lugar. Ele luta para ultrapassar o tucano José Serra e chegar ao segundo turno contra Celso Russomanno (PRB). A candidatura do PT em São Paulo é a mais cara de todas. Até o início de setembro, a campanha de Haddad declarou que já havia gasto cerca de 16,5 milhões de reais. O líder das pesquisas, Celso Russomanno, declarou à Justiça Eleitoral ter gasto 1,3 milhão de reais, menos de 10% do valor desembolsado pela campanha petista, que contratou a empresa do marqueteiro João Santana e usa equipamentos de última geração na produção das suas propagandas para a TV. O segundo candidato mais "caro" do PT nacional é Elmano de Freitas, de Fortaleza, que recebeu 2,47 milhões de reais e está em terceiro lugar. Seu adversário, Moroni Torgan, do DEM, que recebeu 600 000 reais da direção nacional do seu partido, está na liderança. Em Recife, o candidato e ex-ministro Humberto Costa aparece na terceira posição. O candidato recebeu 475 000 reais do PT nacional. A candidatura de Humberto Costa opôs o ex-presidente Lula, padrinho de Costa, e o governador Eduardo Campos, do PSB, que apoia Geraldo Júlio, o favorito na disputa. Para a campanha de Júlio, o PSB nacional mandou 3 milhões de reais, quase metade dos recursos que o partido mandou para os seus candidatos em todas as capitais. Nas capitais, o total repassado pelo PT aos seus candidatos é cinco vezes maior que o repasse do PSDB, que foi pouco superior a 2,7 milhões de reais, dividido entre nove candidatos. Três deles lideram as pesquisas ou estão empatados em primeiro lugar. O DEM é o segundo partido que mais injetou dinheiro nas campanhas: foram 9,5 milhões de reais para seis candidatos. Três deles estão na liderança em suas capitais: ACM Neto, em Salvador, Moroni Torgan, em Fortaleza, e João Alves, em Aracaju. O mesmo ocorre com o PSB. A direção nacional do partido investiu 6,2 milhões de reais em quatro candidatos. Três deles lideram, em Recife, Cuiabá e Belo Horizonte.

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