quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Vem aí os aloprados do Lula? PT decide que campanha de Haddad será mais agressiva.

Com aval do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa eleitoral de Fernando Haddad (PT) adotará tom mais agressivo na reta final da campanha eleitoral, com ataques a José Serra (PSDB) e investidas contra a imagem do líder das pesquisas, Celso Russomanno (PRB). Sob pressão dos petistas, a propaganda de Haddad será mais politizada, especialmente nas inserções, comerciais veiculados ao longo da programação das emissoras. A nova estratégia de comunicação foi desenhada na quarta-feira durante reunião com Lula e Haddad. E incluirá respostas mais contundentes ao PSDB, que usa o julgamento do Mensalão do PT em rádio e TV. Na quarta-feira mesmo o comando da campanha submeteu a testes alguns temas para explorar contra Serra. O cardápio variava da política de privatizações do PSDB ao Mensalão mineiro, passando pelo ex-diretor da estatal paulista Dersa, Paulo Vieira de Souza, apelidado de "Paulo Preto", que teria arrecadado recursos para a campanha do tucano à Presidência, em 2010. Quanto a Russomanno, a intenção da campanha do PT é minar a confiança do eleitorado, até mesmo em seu potencial político para administrar uma cidade com a magnitude de São Paulo. Ficou acertada ainda uma mudança na linguagem do programa, com o candidato falando mais diretamente com o eleitor. A propaganda de Haddad foi alvo de críticas durante reunião da coordenação da campanha. Também na avaliação da cúpula do PT não condiz com o partido a exibição de programa totalmente alheio ao bombardeio político da campanha. O próprio Haddad vinha pontuando suas queixas ao programa, por não expressar seu estilo pessoal em rádio e TV. Passada a apresentação do candidato e de seus apoiadores, defendeu Haddad, agora é o momento de mostrar por que seria melhor opção que os adversários. Além de propor mudanças no programa, Haddad terá a tarefa de administrar disputa interna pela condução política da campanha e evitar que a briga por poder contamine seu desempenho. No debate da segunda-feira passada, a presença de só dois parlamentares do PT na platéia foi interpretada como sinal de descontentamento.

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