segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Em São Paulo, Ibope e Datafolha erram feio


Em São Paulo, o tucano José Serra chegou em primeiro lugar, com 30,75% dos votos válidos. Em segundo lugar, ficou o petista Fernando Haddad, com 28,99%. Celso Russomanno, que, segundo as pesquisas de opinião, liderava a corrida havia várias semanas, obteve apenas 21,69%. Em quarto, ficou Gabriel Chalita, com 13,59%. O Ibope poderia comemorar: “Acertamos a boca de urna!” Pois é… Mas que vexame a pesquisa publicada um dia antes da eleição, não é mesmo? O Instituto viu um triplo empate. Todos estariam com 22% – ou 26% dos votos validos. Vale dizer: atribuiu a Serra quase cinco pontos a menos do que ele, de fato, obteve; 4,31 pontos a mais para Russomanno e 2,99 a menos para Haddad. “Ah, a culpa é do eleitor!”, dirão muitos. Sim, claro que sim! Mas os institutos não existem justamente para tentar fazer uma amostragem que aproxime o seu levantamento da verdade? Afinal, já operam com margem de erro – quase sempre de 2 ou 3 pontos para mais ou para menos, o que significa uma folga de quatro a seis pontos. Fora desse intervalo, é preciso chamar as coisas pelo nome que têm: erro. O Datafolha também errou. E feio. Viu Serra com 28%  – 2,71 pontos a menos do que ele obteve (está fora da margem de erro); apontou Russomanno com 27%,  mas ele ficou com modestos 21,5% (5,5 pontos a menos) e previu 24% para Haddad, que ficou, no entanto, com 28,99. Em São Paulo, os dois institutos protagonizaram, não tem jeito, um vexame considerável.

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