domingo, 28 de outubro de 2012

Menina paquistanesa Malala Yousafzai atacada pelo talibã continua se recuperando na Inglaterra


O Paquistão se levantou após o ataque contra a jovem Malala Yousafzai pelos talibãs, o que constitui virada para o país, declarou o pai da garota, Ziauddin Yousafzai, após visitar a menina no hospital Birmingham. "Quando ela caiu, o Paquistão se levantou e o mundo também. Este foi um ponto de virada", considerou Yousafzai, que chegou na quinta-feira no Reino Unido acompanhado por sua esposa e dois filhos, de 8 e 12 anos. O pai de Malala, que visitou a filha de 15 anos na noite de quinta-feira, afirmou que seu estado de saúde "melhora a uma velocidade encorajadora". "Estamos muito felizes. Ela recebe o tratamento certo no lugar certo na hora certa. Quando a vimos na noite passada, choramos de alegria", acrescentou ele. Há alguns dias, Malala conseguiu ficar de pé com a ajuda da equipe médica pela primeira vez desde o atentado. Ela também está se comunicando com algumas notas por escrito, segundo o médico encarregado de seu tratamento. Malala foi baleada em um ônibus escolar no antigo reduto talibã do Vale do Swat na semana passada como punição por defender os direitos das meninas à educação, em um ataque que revoltou o mundo. Mensagens de apoio de admiradores e ativistas dos direitos humanos foram deixadas no site do hospital, a maioria delas elogiando sua campanha e rezando por sua recuperação. Doações para seu tratamento, que está sendo financiado pelo governo do Paquistão, estão sendo repassadas ao Hospital Queen Elizabeth. Malala é conhecida no exterior por seu blog, hospedado no site da BBC, no qual denuncia os atos de violência cometidos pelos talibãs no Vale de Swat, onde chegaram a tomar o poder entre 2007 a 2009. No ano passado, a adolescente recebeu o primeiro Prêmio Nacional da Paz criado pelo governo paquistanês e foi indicada ao prêmio internacional de Crianças para a Paz da fundação Kids Rights. Malala foi ferida por tiros no dia 9 de outubro, em Mingora, a principal cidade do Vale de Swat (noroeste do Paquistão) por homens armados que pararam o ônibus escolar em que ela estava. O Talibã reivindicou a autoria do atentado contra Malala.

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