segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Obra com a marca da Delta


A concorrência que escolheu a Delta para erguer um prédio do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro foi “direcionada” e “com indícios de fraude fiscal”. É o que revela um contundente relatório do Conselho Nacional de Justiça. O contrato de 174,8 milhões de reais, assinado em 2010 pelo então presidente do Tribunal de Justiça, Luiz Zveiter, e aditivado quatro vezes pelo sucessor, Manoel dos Santos, é questionado do início ao fim. O Conselho Nacional de Justiça afirma que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro foi “tendencioso” ao exigir atestados extremamente específicos no edital. Pior: o edital nunca foi analisado pela área técnica do tribunal. Depois de vencer a concorrência, as facilidades da empresa de Fernando Cavendish cresceram ainda mais: mesmo sem qualquer acréscimo na obra, a Delta foi agraciada com aditivos superiores a 23% entre 2010 e 2012. Até o pagamento de impostos foram sonegados. O Conselho Nacional de Justiça deu 15 dias para o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro explicar as irregularidades no contrato com a empreiteira Delta. Após o prazo, o Conselho Nacional de Justiça decidirá se abre processo administrativo e criminal. A ministra Eliana Calmon iniciou a investigação em maio.

Nenhum comentário: