domingo, 28 de outubro de 2012

Os apagões de Dilma – Cuidado com a cabeça, ministro!!!


Após o segundo apagão de grandes proporções em pouco menos de um mês – e o quarto apenas no segundo semestre do ano, o ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, afirmou na sexta-feira que a sequência de apagões não é normal, e que o sistema elétrico brasileiro vem perdendo a confiabilidade. Na madrugada de sexta-feira, um apagão atingiu todos os nove Estados do Nordeste e ainda parte da região Norte do País. Segundo Zimmermann, suspeita-se que a origem do problema tenham sido falhas nas subestações de Colinas (TO) e Imperatriz (MA). Técnicos foram enviados aos locais para investigar o problema. “São eventos que ocorreram em sequência”, disse o ministro. “Não são normais. A coincidência, então, não é normal”, completou ele. Zimmermann destacou que o sistema elétrico brasileiro é um dos maiores do mundo, mas tem registrado “diminuição de confiabilidade”. De acordo com Zimmermann, houve falhas no banco de capacitores das duas subestações. Segundo ele, desde a madrugada técnicos do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) passaram a acompanhar o assunto. A linha de transmissão que apresentou problemas é operada pela empresa Taesa. No começo da tarde, o Operador Nacional do Sistema (ONS) confirmou que o apagão foi provocado por um curto-circuito. Nota da ONS informa que o apagão começou às 0h14 no segundo circuito da linha de transmissão em 500 kV Colinas-Imperatriz, que faz parte da interligação entre os sistemas Sul/Sudeste/Centro-Oeste e Norte/Nordeste. “O defeito foi eliminado pela atuação das proteções de retaguarda da subestação Colinas, que resultou no desligamento de oito circuitos de 500 kV a ela conectados”, diz o texto. Nas capitais nordestinas, Salvador, Recife, Fortaleza, Natal e São Luiz, o abastecimento começou a ser restabelecido mais de três horas depois da interrupção. O problema, segundo o ONS, teve início à 0h14 (de Brasília) na Bahia, Paraíba e Pernambuco, mas as concessionárias indicam que a pane começou pouco depois das 23 horas, já que os estados do Nordeste não fazem parte do horário de verão. Segundo a Coelce, companhia elétrica do Ceará, houve uma “ocorrência de grande porte no sistema interligado nacional” que afetou o Nordeste e parte da região Norte. Pelo Twitter, a concessionária informou que suas equipes estavam trabalhando para restabelecer o fornecimento de energia o mais rápido possível. Na Bahia, onde todo o Estado ficou sem luz, a assessoria da companhia de eletricidade local (Coelba) confirmou o problema no sistema interligado nacional, do Operador Nacional de Sistema Elétrico. Segundo a concessionária, a Bahia deixou de receber energia elétrica para fazer a distribuição. Na Paraíba, o apagão também afetou todas as cidades desde as 23h30 (0h30 em Brasília), informou a Energisa, concessionária de energia elétrica do Estado. O presidente da empresa, Marcelo Rocha, comunicou ao governo do Estado que a Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) não tinha previsão para o problema ser solucionado. Em Pernambuco, a concessionária Celpe também não deu prazo para normalização do abastecimento de energia, o que só começou a acorrer no meio da madrugada. O apagão de sexta-feira é o segundo de grandes proporções que atinge o Nordeste nos últimos 35 dias. Em 22 de setembro, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), um problema na subestação de Imperatriz, no Maranhão, causou a suspensão do fornecimento de energia elétrica em parte da região. Em 3 de outubro, outro apagão afetou cidades das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Por ao menos meia hora, a pane atingiu regiões do Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Acre e Rondônia, além de cidades no Centro-Oeste.  Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico, o problema foi causado por um incêndio em um transformador da subestação de Furnas, em Foz do Iguaçu, no Paraná. A pane no equipamento causou diminuição da carga de Itaipu, o que levou à perda de 3.500 megawatts dos 60.000 produzidos pela usina. Furnas, no entanto, negou a responsabilidade pelo problema.

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