sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Para Joaquim Barbosa, Mensalão foi "assalto aos cofres públicos"


Os ministros do Supremo Tribunal Federal interromperam a sessão na quinta-feira antes da finalização do capítulo do processo do Mensalão do PT que trata de ex-parlamentares e assessores acusados de lavagem de dinheiro. O placar até o momento garante pelo menos o empate, 5 votos pela absolvição de todos os seis réus e dois pela condenação de três deles. Irritado com um voto de absolvição do ministro Dias Toffoli, o relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, afirmou que o esquema se tratou de "um assalto aos cofres públicos". Dias Toffoli afirmava que não estava comprovado o dolo, isto é, que os ex-parlamentares, ao receberem os recursos, não necessariamente sabiam do esquema de compra de votos em troca de apoio no Congresso. E usou como exemplo o dinheiro vindo de um assalto a banco. "Não é assalto a banco, mas é assalto aos cofres públicos", retrucou o relator. Sem que os ministros mudem seus votos, o que em tese pode ocorrer até o final do julgamento, estão absolvidos por maioria, e unanimidade de votos até agora, o ex-líder do governo Lula, o petista Professor Luizinho; a ex-assessora Anita Leocádia, e o ex-assessor do Ministério dos Transportes, José Luís Alves. Têm cinco votos pela absolvição e dois pela condenação, também por lavagem de dinheiro, o ex-ministro dos Transportes Anderson, Adauto e os ex-deputados petistas Paulo Rocha e João Magno. Com a ausência do ministro Gilmar Mendes, que estava em compromisso no Exterior, os ministros Celso de Mello e Ayres Britto preferiram votar na próxima segunda-feira, por solidariedade ao colega.

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