sábado, 20 de outubro de 2012

Redução no abastecimento de insulina leva Estado do Rio Grande do Sul a usar estoque


Uma redução no abastecimento da chamada insulina regular levou a Secretaria Estadual da Saúde a usar o estoque do medicamento na distribuição às farmácias do Sistema Único de Saúde (SUS). No Rio Grande do Sul, cerca de sete mil pessoas com diabetes recebem gratuitamente o hormônio. De acordo com o Secretário de Estado da Saúde, Ciro Simoni, o problema é nacional e estaria ligado a uma deficiência na importação do medicamento. A redução das doses fornecidas teria começado entre o fim de setembro e começo de outubro, levando o governo a utilizar o estoque. "Acontece que distribuíram uma quantidade menor do que o Rio Grande do Sul costuma receber. Estivemos em contato com o Ministério da Saúde e ele espera que até a próxima semana o fornecimento esteja regularizado. Até agora conseguimos equilibrar com o estoque, só não podemos esperar que esta situação continue", alerta Simoni. A insulina NPH, que, de acordo com o secretário, seria a mais usada, não teve problemas na distribuição. O déficit atual é da insulina regular, que tem ação mais rápida. O presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Airton Golbert, explica que ela age cerca de meia hora após ser aplicada e o efeito dura até quatro horas. Normalmente é usada antes das refeições. Para quem tem diabetes, o medicamento pode ser vital. "Em situações mais graves da doença a pessoa precisa de insulina para viver, pois ela impede que a glicose suba", afirma Golbert.

Nenhum comentário: