terça-feira, 13 de novembro de 2012

Ayres Britto diz que se aposenta com o sentimento de dever cumprido


O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Carlos Ayres Britto, disse nesta terça-feira que encerrará sua carreira no Judiciário brasileiro “com o sentimento de dever cumprido”. Britto trabalhará como presidente da Casa até esta sexta-feira, quando será aposentado compulsoriamente por completar 70 anos. Ayres Britto se despediu na manhã desta terça-feira do Conselho Nacional de Justiça, no qual também é presidente. "Estou virando uma página e estou fazendo com alegria. Não perdi minha viagem como ministro do Supremo, estou certo disso, porque dei o máximo de mim. Fiz tudo com devoção, alegria, amor e responsabilidade. Isso me deixa extremamente feliz. Eu saio sem nenhuma nostalgia ou tristeza", disse o ministro, em sua última sessão De acordo com ele, 70 anos é uma boa idade para deixar o serviço público. Britto negou que tenha sugerido um mutirão no Supremo para agilizar o fim do processo do Mensalão do PT. Caso a ação penal fosse finalizada até a próxima sexta-feira, seu último dia de trabalho, Ayres Britto seria o responsável pela proclamação das sentenças. "Queria tocar o processo em um ritmo compatível entre presteza e segurança. O que eu não queria incidir, como não fiz, foi em pressa, porque isso prejudicaria a segurança do julgamento. Se não der para eu proclamar as sentenças, o ministro Joaquim Barbosa o fará, e isso não me frustra em nada", explicou. Sobre sua atuação no STF, o ministro disse que os processos mais marcantes foram os que tiveram como tema a demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, a interrupção da gravidez de feto anencéfalo, a liberação de pesquisa com células-tronco embrionárias e o reconhecimento das uniões homoafetivas. A partir de segunda-feira, o Supremo será presidido interinamente pelo ministro Joaquim Barbosa.

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