quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Brigada Militar promove oficiais em quantidade acima do permitido e forma pelotão de protegidos dos políticos


A Brigada Militar tem um pelotão altamente qualificado e bem pago que não trabalha na linha de frente da segurança pública no Rio Grande do Sul. O grupo de elite é formado por 60 oficiais que extrapolam o número de vagas previsto em lei e custam ao governo do Estado cerca de R$ 6 milhões por ano, levando-se em conta apenas seus salários básicos. Na Brigada Militar, esses oficiais poderiam formar o comando de sete quartéis, coordenando o trabalho de 2 mil homens. O tamanho do quadro paralelo, verificado pelo jornal Zero Hora com dados de outubro, chama a atenção: são 13 coronéis, 35 tenentes-coronéis e 12 majores, todos trabalhando fora da corporação, como em secretarias de Estado, Assembléia Legislativa e Tribunal de Justiça, e com os salários elevados por funções gratificadas (FGs). Pergunta para Zero Hora: no Tribunal de Contas não tem alto oficial da Brigada Militar lotado, recebendo promoções ao longo de mais de 20 anos de cedências sempre renovadas, sem um dia de tropa? A manutenção desse pelotão paralelo seria uma forma de premiar oficiais alinhados politicamente a autoridades. Para efetivar as promoções desejadas mesmo que não existam vagas, a Brigada Militar precisa manter os servidores beneficiados fora da corporação, cedidos a outros órgãos. A sistemática não é proibida. Apesar de o efetivo da Brigada ser definido em lei, o estatuto da instituição permite a promoção de militares emprestados a outros órgãos. Assim, "amigos do rei" seriam cedidos e, promovidos. Segundo a Associação dos Oficiais da Brigada Militar há atualmente em torno de 490 policiais militares (incluindo os 60 oficiais excedentes) fora da corporação. "Todo pessoal que está fora onera os cofres do Estado, enquanto falta na Brigada Militar. Coronel é muito caro para estar fora da corporação. Isso é desvio absoluto de função. E as promoções de quem está fora da Brigada Militar são um artifício para beneficiar os amigos do rei. Se disserem que isso sempre foi assim, está na hora de um governo que falava dos demais começar a agir", diz o coronel médico José Riccardi Guimarães, presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar. Deixando claro: o verdadeiro conflito existente envolve a lei aprovada pelo governo do peremptório petista Tarso Genro, que alterou os critérios de promoção, permitindo a livre expressão do subjetivismo na escola dos que devem ser promovidos. Por exemplo, militares petistas.

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