quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Cresce a capacidade ociosa da indústria de soja do Brasil


A capacidade ociosa das indústrias de processamento de soja no Brasil aumentou em 2012 na comparação com o ano anterior, numa temporada em que o País sofreu uma drástica quebra de safra após o setor ter expandido o seu parque produtivo. Além disso, o histórico desestímulo tributário para as empresas agregarem valor aos grãos colaborou com a situação, informou na quarta-feira a associação do setor. Contabilizando as fábricas ativas, a capacidade instalada no País em 2012 é de 52,1 milhões de toneladas, com uma previsão de processamento de 35,1 milhões de toneladas da oleaginosa, o que corresponde a 32,6% de ociosidade, revelou uma pesquisa da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). A safra colhida no início de 2012 foi diminuída por uma seca que castigou as lavouras do Sul do País. O Brasil, um dos maiores produtores globais de soja, colheu 66,6 milhões de toneladas, pela estimativa da Abiove, ante um recorde de cerca de 75 milhões de toneladas em 2011. No ano passado, com uma safra cheia, o esmagamento foi maior, atingindo 37,2 milhões de toneladas. Além disso, a capacidade naquele momento era um pouco menor, de 50,1 milhões de toneladas entre as fábricas ativas, deixando a ociosidade no ano passado em 25,7 por cento. A Abiove afirma que em 2012, em função da menor oferta, ficaram mais evidentes as desvantagens de processamento, em função da carga tributária do País, considerada desfavorável à agregação da valor.

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